As professoras e os professores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em greve desde o dia 22 de setembro, realizaram um ato público nessa quinta-feira (30) para cobrar do governo estadual e da reitoria a abertura de negociações efetivas. A categoria também exigiu que a Assembleia Legislativa do Estado (ALPB) atue na mediação de um acordo para encerrar a paralisação.

O protesto teve início às 9h, na Praça João Pessoa, em João Pessoa (PB), e contou com uma caminhada pelas ruas do Centro até a Lagoa. A manifestação contou ainda com apresentação cultural e performances. Caravanas de docentes e estudantes de diversos campi da UEPB participaram da manifestação.
Segundo Elisabete Vale, presidenta da Associação de Docentes da UEPB (Aduepb - Seção Sindical do ANDES-SN), o objetivo do ato foi pressionar o governo e a reitoria por respostas concretas, além de buscar o apoio da Assembleia Legislativa para intermediar as negociações, diante da postura inflexível do governo estadual.
Mesmo depois de duas reuniões da Comissão de Negociação do Comando de Greve da Aduepb SSind. com os secretários de Planejamento, Gilmar Martins, e de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, Cláudio Furtado, nenhuma nova proposta foi apresentada pelo Executivo.

Em carta aberta à sociedade da Paraíba, publicada recentemente, o Comando de Greve da UEPB reforçou que “o ‘jogo de empurra-empurra’ e as narrativas contraditórias entre Governo e reitoria, que se desresponsabilizam pela crise, apenas prolongam a greve, prejudicando a comunidade e a sociedade. Acreditamos que o diálogo sério e o atendimento às demandas permitirão a rápida retomada das atividades. A UEPB, patrimônio do povo paraibano, não pode ser sucateada”. Leia aqui o documento.
Pauta
A greve das e dos docentes da universidade já ultrapassa um mês. A categoria reivindica o pagamento do retroativo das progressões de carreira e a recomposição do orçamento da universidade, com o cumprimento da Lei de Autonomia (Nº 7643/2004). Entre as pautas de luta também estão a realização de novos concursos para docentes efetivas e efetivos, diante do alto número de contratos temporários (393), a convocação das selecionadas e dos selecionados para o cadastro reserva e a instalação de uma mesa de negociação para discutir as perdas salariais de 22,9%, acumuladas nos últimos quatro anos.
Fonte: Aduepb SSind. com edição do ANDES-SN. Fotos: Aduepb SSind.
Leia também:
Sem avanço nas negociações, docentes da UEPB completam um mês em greve