O ANDES-SN convocou a categoria docente das Instituições Federais de Ensino (IFE) para um Dia Nacional de Luta pelo Cumprimento Integral do Acordo, com paralisação das atividades e atos nos locais de trabalho e em Brasília (DF). A mobilização está sendo organizada em conjunto com as demais entidades do setor da Educação, Fasubra e Sinasefe. Na capital federal, a manifestação acontecerá às 10 horas, em frente ao Ministério da Educação (MEC).
A realização do ato foi deliberada na reunião do Setor das Ifes do Sindicato Nacional, ocorrida no último dia 13, considerando que, em 27 de junho, completará um ano da assinatura do acordo da greve de 2024 (Termo de Acordo nº 10/2024). Foram aprovadas ainda a realização de rodada de assembleias nas seções sindicais para discutir os itens do acordo que ainda não foram cumpridos e a intensificação da campanha de denúncia de contra Rui Costa, ministro-chefe da Casa Civil, como inimigo das e dos docentes do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). Desde o início do ano, a minuta que altera o Decreto 1590/95, que trata do controle de frequência das e dos docentes da carreira EBTT, aguarda assinatura na Casa Civil.
“Nós estamos, em conjunto com a Fasubra e com o Sinasefe, a partir da deliberação do Setor das Ifes do último dia 13, chamando rodada de assembleia para pautar, na nossa base, a paralisação no dia 26, sendo que nesse dia estamos chamando atos nos locais de trabalho, nos estados, e ato em Brasília, que vai acontecer às 10 horas da manhã, em frente ao MEC”, convoca Jennifer Webb, 1ª tesoureira do ANDES-SN.
De acordo com a diretora do Sindicato Nacional, além de denunciar o não cumprimento integral do acordo de greve após um ano de sua assinatura, a manifestação também terá na pauta a recomposição do orçamento das IFE e a reforma administrativa, que entrou na agenda de lutas que entrou em caráter de urgência por conta do grupo de trabalho que está debatendo o tema na Câmara dos Deputados. “Temos que ficar muito atentas e atentos, porque tem que ser uma reforma administrativa que atenda os interesses da nossa classe, da classe trabalhadora, e não pura e simplesmente os interesses do capital, enfim, do Estado, na forma como ele está organizado”, explica.
Jennifer reforça que, na próxima quinta-feira (26), em parceria com as entidades da Educação, a categoria estará em mobilização para exigir, do governo federal, o cumprimento do acordo. “Após um ano da nossa grande greve, que construímos em articulação com o setor da Educação Federal, temos pautas que só estão esperando assinatura, como a questão do decreto 1590, e que não são encaminhadas por uma negligência, por parte do governo, em cumprir itens que são plenamente possíveis de serem imediatamente encaminhados, e não são. E, além disso, [vamos exigir] colocar realmente os grupos de trabalho, acordados na greve, para funcionar, para termos um calendário efetivo de reuniões, para que, de fato, esse acordo seja honrado por parte do governo, porque a nossa parte foi cumprida. Nós, enquanto categoria que estava mobilizada em greve, saímos da greve frente à assinatura desse acordo e, após um ano, ainda estamos esperando o seu efetivo cumprimento”, denuncia.
Confira aqui circular 274/2025 - Orienta sobre rodada de assembleias do Setor das Ifes e construção do Dia de Luta pelo Cumprimento Integral do Acordo.
Acesse aqui o balanço do cumprimento do acordo de greve.
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