Sem avanço nas negociações, docentes da UEPB completam um mês em greve

Publicado em 23 de Outubro de 2025 às 14h57. Atualizado em 23 de Outubro de 2025 às 16h13

Nessa quarta-feira (22), a greve das professoras e dos professores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) completou um mês, sem que o governo do estado e a reitoria da instituição tenham apresentado propostas de negociação para quaisquer dos pontos da pauta de reivindicação da categoria.

O movimento paredista foi iniciado em 22 de setembro, cerca de um ano após o governo da Paraíba ter suspendido, de forma unilateral, as negociações com a Associação de Docentes da UEPB – Seção Sindical do ANDES-SN.

O comando de greve solicitou uma reunião com o governador em exercício, Lucas Ribeiro, com o objetivo de tentar ampliar as possibilidades de diálogo e negociação de um acordo para viabilizar o término do movimento, mas até o momento não recebeu resposta.

Mesmo com a realização de duas reuniões da Comissão de Negociação do Comando de Greve da UEPB com os secretários de Planejamento, Gilmar Martins, e de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, Cláudio Furtado, não houve qualquer avanço nas negociações.

Os secretários apenas reafirmaram a proposta de um acordo judicial para o pagamento da dívida do retroativo das progressões de carreira, mantendo o deságio de 40%, com uma atualização utilizando como indexador o INPC (descartando a Selic) e parcelamento em 30 meses. A primeira proposta do governo, em 2023, era de 60 meses. A segunda foi de 42 meses e a terceira (ambas em 2024) de 36 meses. Por último, em 7 de outubro deste ano, para 30 meses.

Em carta aberta à sociedade da Paraíba, o Comando de Greve da UEPB reforça que “o ‘jogo de empurra-empurra’ e as narrativas contraditórias entre Governo e reitoria, que se desresponsabilizam pela crise, apenas prolongam a greve, prejudicando a comunidade e a sociedade. Acreditamos que o diálogo sério e o atendimento às demandas permitirão a rápida retomada das atividades. A UEPB, patrimônio do povo paraibano, não pode ser sucateada”. Leia aqui o documento.

Nesta quinta-feira (23), as e os docentes em greve realizaram um ato público na Praça da Bandeira, em Campina Grande. A atividade contou com oferta de serviços de saúde, feirinha de artesanato e mostra de pesquisas, reunindo a comunidade em defesa da universidade pública.

Pauta
As professoras e os professores da UEPB reivindicam o pagamento do retroativo das progressões de carreira, a recomposição do orçamento da universidade, com o cumprimento da Lei de Autonomia (Nº 7643/2004),a realização de novos concursos para professor efetivo, já que a universidade ainda possui um número elevado de docentes temporários (393), a convocação dos selecionados para o cadastro reserva e a instalação de uma mesa de negociação para discutir as perdas salariais de 22,9%, acumuladas nos últimos quatro anos.

Fonte: Aduepb SSind. com edição do ANDES-SN. Foto: Aduepb SSind. - reunião de 7 de outubro

 

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