As lutas em defesa da Educação Pública, da carreira docente e do meio ambiente estarão no centro da discussão do 68º Conad, que acontecerá em Manaus (AM), de 11 a 13 de julho. Com tema central “Unificar as lutas anticapitalistas: contra o colapso socioambiental, em defesa da vida e da educação pública”, o encontro ocorrerá no Setor Norte do campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
A expectativa é que o evento reúna cerca de 360 participantes, entre docentes, representantes de entidades convidadas, assessores e assessoras de comunicação e jurídicos, e filhas e filhos de participantes. O 68º Conad é organizado pela Associação dos Docentes da Ufam (Adua – Seção Sindical).
Segunda maior instância deliberativa do ANDES-SN, o Conad reúne docentes para atualizar os planos de lutas Geral e Setoriais da categoria e votar as prestações contas da entidade. Nesta edição, a programação inclui também a cerimônia de posse da nova diretoria do ANDES-SN para o biênio 2025-2027.
Para a presidente da Adua SSind., Ana Lúcia Gomes, a realização do encontro no Amazonas coloca a região em evidência e representa uma importante oportunidade de ampliação do debate sobre as complexas questões socioambientais que afetam a região amazônica. “Realizar um evento da magnitude do Conad do ANDES-SN no Amazonas é uma oportunidade de reverberar essas questões, levantar novos questionamentos e mostrar à sociedade as atividades do sindicato. É importante conhecer a região para discutir essas temáticas e buscar formas de protegê-la”, afirma a docente.
A Adua SSind. defende que, deve ser de toda a categoria docente, a luta por uma Amazônia livre do desmatamento criminoso, do genocídio dos povos indígenas, da mineração desenfreada e da brutal violência contra seus defensores. “É necessário atualizar as estratégias da categoria docente em defesa da vida em primeiro lugar, lutar por espaços dignos de trabalho, livres de racismo, violência, discriminação e homofobia, e intensificar a luta por um ambiente mais saudável e sustentável. É com esse espírito de resistência e acolhimento que a Adua SSind. recebe, de braços abertos, todas e todos que desejam — e precisam — conhecer um pedacinho da imensa Amazônia, patrimônio natural do Brasil”, frisa a presidenta da Seção Sindical.
Além da questão socioambiental, o encontro também deverá abordar temas importantes da conjuntura nacional e internacional como genocídio na Palestina, a reforma administrativa, o fim da anistia para golpistas, o fim da escala 6X1 e políticas de classe para as questões étnico-raciais, de gênero e diversidade sexual. Nas pautas da Educação, serão discutidas a luta pela recomposição orçamentária das instituições federais de ensino, assim como das universidades estaduais, municipais e distrital, a autonomia universitária, o fim da lista tríplice para escolha de reitores e reitoras, o ensino híbrido e a precarização da educação, o trabalho docente em zona de fronteira, locais de difícil acesso, entre outras temáticas que envolvem o movimento e a carreira docente.
Adua SSind.
Resultado da luta de docentes da Ufam, a Adua SSind. foi criada em 28 de outubro de 1979, durante a ditadura empresarial-militar, um contexto de muita tensão política no país. Em sua Carta de Princípios, a entidade defende uma universidade autônoma com perfil amazônico, comprometida com a gratuidade das atividades, o acesso e a permanência de populações originárias, ribeirinhas e urbanas. A Adua SSind. defende ainda que o ambiente universitário seja do amplo e livre debate de diversas correntes do pensamento.
A Seção Sindical representa atualmente 935 docentes que atuam nos campi de Benjamin Constant, Coari, Humaitá, Itacoatiara, Manaus e Parintins, consolidando-se como uma universidade multicampi.
Confira abaixo a programação prévia do 68º Conad:
Fonte: Adua SSind. com edição do ANDES-SN