Nessa segunda-feira (29), a greve por tempo indeterminado dos professores e das professoras da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) entrou na sua segunda semana. A categoria paralisou as atividades no último dia 22, e até o momento o governo do estado não abriu qualquer espaço de negociação.
A Associação dos Docentes da UEPB (Aduepb - Seção Sindical do ANDES-SN) solicitou, no dia 19 de setembro, audiências com o governador João Azevedo (PSB), com os secretários de Planejamento, Orçamento e Gestão e de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, Gilmar Martins e Cláudio Furtado – respectivamente -, como também ao Procurador-Geral do estado, Fábio Brito. Porém, ainda não obteve respostas.
O Comando de Greve da Aduepb SSind. se reuniu, no dia 22, com a reitoria da universidade e apresentou a pauta de reivindicações da categoria e acordou a adoção de medidas para suspender calendário acadêmico e o registro de aulas. A reitoria também se comprometeu se empenhar em buscar, junto ao governo estadual, a abertura de uma mesa de negociação. No entanto, até a manhã desta segunda-feira (29) nenhuma das medidas foi implantada.
No dia 23, o Comando de Greve da Aduepb SSind. conseguiu do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino, o compromisso de tentar intermediar a retomada das negociações entre o sindicato e o governo do estado.
Programação da greve
Na manhã de segunda-feira (29), o Comando de Greve da Aduepb SSind. realizou uma aula pública no Campus V da UEPB, em João Pessoa, com o tema: “O Raio X da Crise na UEPB”, com Valéria Porto e Josean Calixto, no Auditório Pioneiros. O evento foi um espaço de diálogo e reflexão sobre os desafios enfrentados pela universidade.
À tarde, o movimento “Eu defendo a UEPB”, construído pelos movimentos estudantis da universidade, realizará uma assembleia estudantil híbrida no CAC – UEPB (ao lado dos Correios da praça da bandeira), a partir das 14h. Na pauta, o restaurante universitário, o plano estadual de permanência e ações durante a greve (plenárias, oficinas, atos, entre outros).
Reivindicações
As e os docentes da UEPB reivindicam o pagamento do retroativo das progressões de carreira, a recomposição do orçamento da universidade, com o cumprimento da Lei de Autonomia (Nº 7643/2004),a realização de novos concursos para professor efetivos, já que a instituição ainda possui um número elevado de docentes temporários (393) e a instalação de uma mesa de negociação para discutir as perdas salariais de 22,9%, acumuladas nos últimos quatro anos.
Fonte: Aduepb SSind com edição do ANDES-SN. Foto: Aduepb SSind.
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